O que muda na Nota Fiscal Eletrônica em 2026
NF-e e outras notas emitidas sem as alíquotas testes de IBS e CBS serão rejeitadas em 2026
O que antes parecia um projeto distante, agora é uma realidade incontornável e a Reforma Tributária já tem data marcada para começar a impactar a rotina das empresas. A partir de janeiro de 2026, qualquer nota fiscal eletrônica (NF-e) que não incluir as alíquotas testes de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) será rejeitada pelo fisco, tornando essencial que as empresas se adaptem dentro do prazo estabelecido.
O cronograma já foi definido pelo governo:
- 1º de julho de 2025: início dos testes com os novos campos;
- 1º de outubro de 2025: implementação obrigatória dos campos na NF-e;
- Janeiro de 2026: rejeição de notas fiscais sem IBS e CBS.
Embora aparente ser apenas uma atualização pontual, a mudança trará impactos profundos, exigindo revisão dos layouts nos sistemas fiscais e no ERP, integração consistente dos dados, novas validações e investimento na capacitação das equipes fiscal e de TI.
Assim, para facilitar essa jornada e ajudá-lo a preparar sua operação, vamos destacar os principais pontos da Nota Técnica mais recente e os impactos da nova NF-e na sua arquitetura fiscal. O momento de se antecipar é agora, e estamos ao seu lado em cada etapa desse processo.
Atenção para a Nota Técnica 2025.002.v.1.01
Publicada em abril deste ano, essa nota detalha a criação de novos eventos e modifica o leiaute da NF-e, inserindo grupos e campos opcionais relacionados à tributação do IBS e da CBS, substituindo a Nota Técnica 2024.002 v.1.10. A seguir, destacamos as principais mudanças trazidas pelo documento.
Inclusão de novos grupos de tributos:
- Grupo UB - Informações dos tributos IBS / CBS e Imposto Seletivo
- Grupo VB - Total do item da NF-e
- Grupo W03 - Total da NF-e - IBS/CBS/IS
Também foram incluídos novos campos para alíquota efetiva, diferimento, devolução de tributo, monofasia e crédito presumido.
Criação de novos eventos
Alguns dados ainda precisarão ser informados após a emissão da nota fiscal, como já acontece hoje. Para isso, a Nota Técnica atualizou a lista de eventos que devem ser registrados e vinculados ao documento fiscal após sua emissão. Destacam-se:
- Solicitação de Apropriação de Crédito Presumido
- Destinação para Consumo Pessoal
- Perecimento, Perda, Roubo ou Furto
- Manifestação sobre Transferência de Créditos em Operações de Sucessão;
- Imobilização de Item
Novas regras de validação
- Rejeição 1026: IBS da UF igual a 0,1% para documentos de 2026
- Rejeição 1027: IBS da UF igual a 0,05% para documentos de 2027 e 2028
- Rejeição 1036: IBS do Município igual a 0 para documentos de 2026
- Rejeição 1037: CBS igual a 0,9% para documentos de 2026
- Rejeição 1115: Falta de informações de IBS/CBS
* Ajuste técnico importante: Para viabilizar as novas rejeições relacionadas ao IBS, CBS e IS, o código de status de resposta foi expandido para quatro posições.
Atenção!
Como as discussões sobre a implantação da Reforma Tributária ainda estão em andamento, essa Nota Técnica deve ser ajustada ao longo de sua execução, seguindo a mesma lógica aplicada às demais NTs já implementadas.
Os impactos na sua arquitetura fiscal
A inclusão do IBS e da CBS na NF-e trará mudanças significativas na arquitetura fiscal das empresas, exigindo atualização dos sistemas de emissão de notas, adaptação de ERPs e reformulação das regras de cálculo e escrituração.

Além do preenchimento de novos campos, a nova estrutura demandará o uso de códigos tributários específicos e mudanças nos esquemas XML, o que impactará diretamente os processos de apuração, geração de obrigações acessórias e integração entre as áreas fiscal, contábil e de TI.
O papel das soluções fiscais
Para acompanhar essas mudanças com segurança, é essencial contar com soluções fiscais robustas, preparadas para absorver as novidades específicas da Reforma.
Mais do que adicionar campos ou ajustar layouts, o desafio é estar em conformidade com a nova lógica tributária — como na apuração assistida, em que o fisco calculará o saldo dos tributos devidos com base nos documentos fiscais eletrônicos emitidos pelo contribuinte.
Algumas plataformas do mercado, como o ONESOURCE Tax One, já estão evoluindo em frentes estratégicas para absorver essas mudanças. A seguir, listamos algumas dessas iniciativas:
- Verificação cruzada de dados: Checagem entre a solução fiscal e os eventos da Receita Federal, além do cruzamento de dados entre ERP, solução fiscal e Receita.
- Automatização contábil: Ganho de eficiência com a apuração automatizada de provisões de crédito, pagamento de notas, restituições e amarração contábil.
- Integração de dados: Recepção, validação e armazenamento de obrigações fiscais e contábeis, criando um ecossistema de informações confiável e auditável.
Atualizações nos ERPs
Com a inclusão da CBS e do IBS nos documentos fiscais eletrônicos, empresas que operam com SAP ou outros ERPs precisarão revisar e adaptar seus sistemas de maneira minuciosa. A seguir, destacamos os principais pontos de atenção.
- Os layouts atuais da NF-e (XML) precisarão ser atualizados para contemplar novos campos obrigatórios.
- As integrações entre o ERP, soluções de mensageria, portais fiscais e a SEFAZ deverão ser revistas e ajustadas conforme os novos requisitos legais.
- Será necessário mapear corretamente os novos campos dentro dos sistemas, assegurando que as informações sejam extraídas e transmitidas de forma precisa.
A boa notícia é que grandes players de tecnologia, como a SAP, já começaram a disponibilizar atualizações técnicas. Para saber mais sobre as SAP Notes relacionadas à Reforma Tributária, acompanhe nosso webinário exclusivo sobre o tema.
Mensageria no SAP
Como muitos já devem estar cientes, uma mudança significativa está em andamento: a SAP anunciou o fim do suporte ao módulo GRC, amplamente utilizado por empresas para o envio e recebimento de notas fiscais eletrônicas. Na prática, o sistema já não recebe atualizações relacionadas à Reforma Tributária, tornando sua continuidade inviável.
Entre as principais opções disponíveis para substituí-lo, destacamos:
- ONESOURCE DF-e
Essa solução da Thomson Reuters para gestão de documentos fiscais eletrônicos oferece funcionalidades completas de mensageria, incluindo emissão, recebimento, monitoramento e gerenciamento.
Com capacidade para processar milhões de documentos diariamente, a ferramenta é escalável e dispensa novos investimentos em infraestrutura. Além disso, suporta diversos tipos de documentos fiscais, como NF-e, NFS-e e CT-e, além de ser compatível com o SAP e outros grandes ERPs do mercado.
- SAP DRC
O SAP Document and Reporting Compliance (DRC) é a solução mais moderna da SAP para a emissão de NF-e, tendo evoluído para fortalecer a comunicação entre empresas, SEFAZ e algumas prefeituras, garantindo mais fluidez nos processos fiscais.
A principal evolução em relação ao GRC está na sua infraestrutura em nuvem, que torna os processos mais ágeis, estáveis e integrados. Com o DRC, a manutenção e operação da plataforma são totalmente gerenciadas pela SAP, o que aumenta a segurança na adaptação para a Reforma.
Quer saber qual é a melhor escolha para sua empresa? Assista ao nosso webinário sobre o fim do GRC.
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